Câncer do HPV
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No Brasil, estima-se que o câncer
do colo do útero seja o segundo mais comum na população feminina, só sendo
superado pelo de mama. Este tipo de câncer representa 15% de todos os
tumores malignos em mulheres. É uma doença que pode ser prevenida, estando
diretamente vinculada ao grau de subdesenvolvimento do país.
De acordo com as Estimativas sobre
Incidência e Mortalidade por Cãncer do Instituto Nacional de Câncer (INCA),
o câncer de colo do útero foi responsável pela morte de 6.900 mulheres no
Brasil em 1999. Para 2000, estima-se 3.625 novos óbitos. As estimativas
apontam, nesse ano, para o diagnóstico de 17.251 novos casos. Isto
representa um coeficiente de 20,48 novos casos de câncer do colo do útero
para cada 100.000 habitantes do sexo feminino.
Fatores de
Risco
Vários
são os fatores de risco identificados para o câncer do colo do útero. Os
fatores sociais, ambientais e os hábitos de vida, tais como baixas condições
sócio-econômicas, atividade sexual antes dos 18 anos de idade, pluralidade
de parceiros sexuais, vício de fumar (diretamente relacionado à quantidade
de cigarros fumados), parcos hábitos de higiene e o uso prolongado de
contraceptivos orais são os principais.
Estudos recentes mostram ainda que o vírus do papiloma humano (HPV) e o
Herpesvírus Tipo II (HSV) têm papel importante no desenvolvimento da
displasia das células cervicais e na sua transformação em células
cancerosas. O vírus do papiloma humano (HPV) está presente em 94% dos casos
de câncer do colo do útero.
Prevenção
Apesar
do conhecimento cada vez maior nesta área, a abordagem mais efetiva para o
controle do câncer do colo do útero continua sendo o rastreamento através do
exame preventivo. É fundamental que os serviços de saúde orientem sobre o
que é e qual a importância do exame preventivo, pois a sua realização
periódica permite reduzir em 70% a mortalidade por câncer do colo do útero
na população de risco. O Instituto Nacional de Câncer, por intermédio do
Pro-Onco (Coordenadoria de Programas de Controle de Câncer) tem realizado
diversas campanhas educativas para incentivar o exame preventivo tanto
voltadas para a população quanto para os profissionais da saúde.
Exame
Preventivo
O exame
preventivo do câncer do colo do útero - conhecido popularmente como exame de
Papanicolaou - é indolor, barato e eficaz, podendo ser realizado por
qualquer profissional da saúde treinado adequadamente, em qualquer local do
país, sem a necessidade de uma infra-estrutura sofisticada. Ele consiste na
coleta de material para exame, que é tríplice, ou seja, da parte externa do
colo (ectocérvice), da parte interna do colo (endocérvice) e do fundo do
saco posterior da vagina. O material coletado é afixado em lâmina de vidro,
corado pelo método de Papanicolau e, então, examinado ao microscópio.
Para a coleta do material introduz-se um espéculo vaginal e procede-se à
escamação ou esfoliação da superfície do colo e da vagina com uma espátula
de madeira. Em mulheres grávidas, deve-se evitar a coleta endocervical.
A fim de garantir a eficácia dos resultados, a mulher deve evitar relações
sexuais um dia antes do exame, não usar duchas, medicamentos vaginais ou
anticoncepcionais locais nos três dias anteriores ao exame e não submeter-se
ao exame durante o período menstrual.
Quando
Fazer o Preventivo?
Toda
mulher com vida sexual ativa deve submeter-se a exame preventivo periódico,
dos 20 aos 60 anos de idade. Inicialmente o exame deve ser feito a cada ano.
Se dois exames anuais seguidos apresentarem resultado negativo para
displasia ou neoplasia, o exame pode passar a ser feito então a cada três
anos.
O exame também deve ser feito nas seguintes eventualidades: período
menstrual prolongado, além do habitual, sangramentos vaginais entre dois
períodos menstruais, ou após relações sexuais ou lavagens vaginais.
O exame deve ser feito dez ou vinte dias após a menstruação, pois a presença
de sangue pode alterar o resultado. Mulheres grávidas também podem realizar
o exame. Neste caso, são coletadas amostras do fundo-de-saco vagina
posterior e da ectocérvice, mas não da endocérvice, para não estimular
contrações uterinas.
Sintomas
Quando
não se faz prevenção e o câncer do cólo do útero não é diagnosticado em fase
inicial, ele progredirá, ocasionando sintomas. Os principais sintomas do
câncer do colo do útero já localmente invasivo são o sangramento no início
ou no fim da relação sexual e a ocorrência de dor durante a relação.
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para isso é necessário a busca pelo tratamento com tempo hábil, (
antes da data marcada ).
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